O terceiro dia do Sertões 2022 foi de superação para os pilotos da Yamaha IMS Rally Team. Nesta segunda-feira (29/8), a prova teve largada em Presidente Prudente/SP e chegada em Campo Grande/MS, com 786 quilômetros de percurso total e uma Especial de 307 quilômetros.
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Os pilotos Adrien Metge e Ricardo Martins caminhavam para uma dobradinha no dia, já que nas três primeiras parciais vinham em primeiro e segundo, respectivamente. Na terceira parcial, Adrien tinha o tempo de 2h07min e Ricardo estava só 38 segundos atrás. Mas, por conta de uma escolha equivocada do modelo de pneus (a equipe optou por um tipo com mais grip), precisaram dosar o acelerador e diminuir o ritmo na parte final para fecharem o dia.
Precisando administrar, mas aproveitando a vantagem construída na parte inicial, ainda terminaram a etapa entre os primeiros colocados. Ricardo Martins foi o segundo e Adrien Metge o quinto. Na categoria Moto 1, Ricardo venceu e Adrien foi o segundo colocado.
Com os resultados da etapa, Adrien é o vice-líder e Ricardo o terceiro no acumulado da Classificação Geral. Na Categoria Moto 1, Adrien é o líder e Ricardo Martins o vice-líder.
Depois de 135 quilômetros de deslocamento e mais 200 de Especial, Túlio Malta chegou no abastecimento com o pneu em piores condições e precisou andar com muita calma para completar o dia. Como é uma prova longa – ainda são mais 11 etapas pela frente –, ele confia na recuperação. O piloto é o 14º colocado na Classificação Geral e ocupa a sexta colocação na categoria Moto2, ainda na disputa pelo título.
Próxima etapa:
Etapa 4 – 30/8 – terça-feira: Campo Grande (MS) – Costa Rica (MS)
A quarta etapa da Edição Especial de 30 anos do Sertões começa com muitas erosões e mata-burros. Após o primeiro abastecimento, entra numa região onde se torna uma prova travada, com baixas velocidades. Após o segundo abastecimento, fica bem rápida! As lombas voltam ao cenário para produzir muitos saltos!
Deslocamento inicial – 64 km
Trecho Especial – 382 km
Deslocamento Final – 31 km
TOTAL: 477 km
*Confira a programação completa do Rally abaixo
A Yamaha IMS Rally Team tem patrocínio de IMS Racewear, Duboy Works, Power MX, DID, BMP Special Parts, Polisport, D’lua Racing, Geração Yamaha, Yamaha Racing Brasil, Wamc Log, Durag e Água Platina.
Resultados – 3ª Etapa
Classificação Geral – 3ª Etapa
1) Júlio César Zavatti / 3h36min32seg
2) Ricardo Martins – Yamaha IMS Rally Team / 3h37min39seg
3) Gabriel Soares / 3h37min59seg
4) Jean Azevedo / 3h40min13seg
5) Adrien Metge – Yamaha IMS Rally Team / 3h41min00seg
39) Túlio Malta – Yamaha IMS Rally Team / 4h33min04seg
Categoria Moto1 – 3ª Etapa
1) Ricardo Martins – Yamaha IMS Rally Team / 3h37min39seg
2) Jean Azevedo / 3h40min13seg
3) Adrien Metge – Yamaha IMS Rally Team / 3h41min00seg
4) Richard Fliter / 3h44min07seg
5) Martin Duplessis / 3h48min05seg
Categoria Moto 2 – 3ª Etapa
1) Júlio César Zavatti / 3h36min32seg
2) Gabriel Soares / 3h37min59seg
3) João Paulo Fornazari / 3h41min49seg
4) Tiago Fantozzi / 3h43min26seg
5) Rafael Milan / 4h00min21seg
11) Túlio Malta – Yamaha IMS Rally Team / 4h33min04seg
Resultado Acumulado
Classificação Geral após três etapas
1) Júlio César Zavatti / 10h02min28seg
2) Adrien Metge – Yamaha IMS Rally Team / 10h03min51seg
3) Ricardo Martins – Yamaha IMS Rally Team / 10h06min18seg
4) Martin Duplessis / 10h15min03seg
5) Jean Azevedo / 10h18min54seg
14) Túlio Malta – Yamaha IMS Rally Team / 11h08min59seg
Categoria Moto1 após três etapas
1) Adrien Metge – Yamaha IMS Rally Team / 10h03min51seg
2) Ricardo Martins – Yamaha IMS Rally Team / 10h06min18seg
3) Martin Duplessis / 10h15min03seg
4) Jean Azevedo / 10h18min54seg
5) Richard Fliter / 10h26min55seg
Categoria Moto 2 após três etapas
1) Júlio César Zavatti / 10h02min28seg
2) Gabriel Soares / 10h23min59seg
3) Thiago Fantozzi / 10h27min04seg
4) João Paulo Fornazari / 10h31min26seg
5) Guilherme Piva / 11h02min44seg
6) Túlio Malta – Yamaha IMS Rally Team / 11h08min59seg
*Resultado extraoficial, sujeito a alteração
ADRIEN METGE
Moto1 – Yamaha WR450F
“Achamos que a Especial não seria tão rápida e a organização falou que a maioria seria em terreno arenoso. Mas o chão estava bem duro e a Especial muito, muito rápida. Com isso esquentou bastante o pneu e os últimos 100 quilômetros tivemos que ir mais devagar pra conseguir terminar. Mas está bom, porque estava bem estragado, e só o fato de conseguir finalizar já está muito bom. Perdemos algum tempo, mas estamos bem. Ainda tem muito rally pela frente.”
RICARDO MARTINS
Moto1 – Yamaha WR450F
“Vinha fazendo um dia muito bom hoje, mas no abastecimento, faltando 100 quilômetros para o fim da Especial vimos que o pneu estava bem destruído. Nossa equipe acabou tomando a decisão errada no modelo do pneu, tínhamos que ter largado com um pneu mais apropriado pra esta etapa, mas acabamos escolhendo um pneu com mais grip. Infelizmente tomamos a decisão errada. Então nos últimos 100 quilômetros eu tirei a mão pra poder poupar o pneu, pra poder chegar bem. Consegui chegar, graças a Deus. Deu certo, estamos na briga, vamos pra frente!”
TÚLIO MALTA
Moto2 – Yamaha WR450F
“Fim do terceiro dia, completamos a especial. Hoje tive um problema no quilômetro 240, mas consegui manter a calma e chegar ao fim, terminar a especial. Foram 170 quilômetros andando em pé na moto, sem poder sentar. Mas estou bem, é só o terceiro dia ainda, vamos lá, ainda estamos no jogo!”
ROTEIRO
Etapa 4 – 30/8 – terça-feira: Campo Grande (MS) – Costa Rica (MS)
Deslocamento inicial – 64 km
Trecho Especial – 382 km
Deslocamento Final – 31 km
TOTAL: 477 km
Se trata de uma especial em três atos distintos e desafiadores. A prova começa com muitas erosões e mata-burros. Após o primeiro abastecimento, ela entra numa região onde se torna uma prova travada, de menor velocidade. Após o segundo abastecimento, ela se torna rápida! As lombas voltam ao cenário para produzir muitos saltos!
Etapa 5 – 31/8 – Quarta-feira: Costa Rica (MS) – Barra do Garças (MT)
Deslocamento inicial – 87 km
Trecho Especial – 527 km
Deslocamento Final – 23 km
TOTAL: 637 km
Alguns trechos de pequenas vias vicinais que ficam inundadas na época da cheia, mas em agosto, época de seca, ainda conta com pequenos lagos e poças ao longo do percurso. Será a maior especial da edição 2022 e exigirá muita estratégia das equipes. Isso porque, dos três pontos de abastecimento da prova, somente dois deles serão acessíveis para as equipes de apoio.
As estradas são repletas de lombas e pequenas travessias de rios. O final da especial passa pelo cânion do Rio Café, um pequeno cânion incrustado nas terras do Mato Grosso seguida de um trecho de um chapadão de areia que termina com o encontro do Rio Garças com o rio Araguaia.
Etapa 06 – 1/9 – Quinta-feira: Barra do Garças (MT) – São Félix do Araguaia (MT)
Deslocamento inicial – 67 km
Trecho Especial – 523 km
Deslocamento Final – 92 km
TOTAL: 682 km
Será uma das maiores especiais da história do Sertões! Serão 523 quilômetros contra o relógio! A sexta especial será também a primeira “perna” da primeira de duas maratonas, quando os competidores fazem duas especiais em sequência sem poder contar com apoio mecânico.
Do ponto de vista técnico, muitas DEPs (Abreviação de Depressão de Poça Seca) e estradas muito estreitas. A especial margeia o Rio Araguaia, entrando em uma região com “cara de pantanal” mesmo! Em seu final, uma travessia de balsa. Neste dia os veículos devem chegar à noite!
Etapa 7 – 2/9 – Sexta-feira: São Félix do Araguaia (MT) – Palmas (TO)
Deslocamento inicial – 13 km
Trecho Especial – 143 km
Deslocamento Final – 425 km
TOTAL: 581 km
A Ilha do Bananal, a maior ilha fluvial do mundo e principal região da sétima especial do Sertões, encerra o Sertões Sul e a primeira metade do maior rally do mundo. É a segunda perna da primeira maratona do maior rally do mundo.
Após andarem mais de 500 quilômetros na etapa anterior, eles terão de cuidar do equipamento em uma especial inédita e cheia de areião, para finalmente receber o apoio mecânico. A etapa termina na cidade de Palmas, capital do Tocantins, para um dia de descanso.
Descanso: 3/9 – Sábado
Dia de descanso, que é obrigatório por questões de regulamentos internacionais pela quantidade de quilômetros rodados em sequência.
SERTÕES NORTE
Etapa 8 – 4/9 – Domingo: Palmas (TO) – Mateiros (TO)
Deslocamento inicial – 98 km
Trecho Especial – 423 km
Deslocamento Final – 0 km
TOTAL: 521 km
O Jalapão volta à cena para inaugurar o Sertões Norte e a primeira parte da segunda maratona consecutiva com rotas inéditas. A especial começa já com uma travessia de rio, o Rio Prata, e finalmente segue pelas areias de “deserto do Jalapão”.
Depois de quase 500 quilômetros de prova, em sua maior parte no temido areião, os competidores chegam até Mateiros, a menor cidade que o Sertões passa em 2022, e lá vão encontrar mais um parque fechado, onde os pilotos não terão apoio de suas equipes na manutenção dos carros.
Deslocamento inicial – 0 km
Trecho Especial – 409 km
Deslocamento Final – 101 km
TOTAL: 510 km
A nona etapa será a última parte de uma série de duas maratonas consecutivas! Ainda no Jalapão, o Sertões avança sobre mais uma região do Brasil. Do Norte seguem para o Nordeste, em sentido ao Maranhão, onde descerão uma serra extremamente sinuosa e estreita para completar em estradas muito estreitas de areia.
Etapa 10 – 6/9 – Terça-feira: Bom Jesus do Piauí – Bom Jesus do Piauí
Deslocamento inicial – 0 km
Trecho Especial – 329 km
Deslocamento Final – 0 km
TOTAL: 329 km
É nesta décima etapa que fica o Cânion do Viana, com seus paredões de rochas enormes e multicoloridas que amplificam ainda mais o barulho dos motores devido a sua acústica.
A etapa é na forma de um laço que sai e chega no mesmo lugar: a cidade de Bom Jesus do Piauí, depois de passar por novos caminhos pelo sertão de Bom Jesus e a partir da passagem dos cânions, uma parte final completamente inédita!
Etapa 11 – 7/9 – Quarta-feira: Bom Jesus (PI) – Balsas (MA)
Deslocamento inicial – 57 km
Trecho Especial – 219 km
Deslocamento Final – 278 km
TOTAL: 554 km
Uma especial com muita navegação, estradas estreitas e muitas trilhas. Da metade para frente, ela se torna de baixa velocidade.
Deslocamento inicial – 12 km
Trecho Especial – 156 km
Deslocamento Final – 238 km
TOTAL: 406 km
A etapa é repleta de serras e vales, chapadões e platôs um “sobe desce” de piçarra com areia que irá cansar até os mais experientes.
Etapa 13 – 9/9 – Sexta-feira: Imperatriz (MA) – Paragominas (PA)
Deslocamento inicial – 35 km
Trecho Especial – 358 km
Deslocamento Final – 70 km
TOTAL: 463 km
O Sertões cruza sua última fronteira de regiões, deixando o Nordeste e retornando ao Norte em uma etapa que passa em uma região praticamente sem estradas no meio da Floresta Amazônica. Iniciando em um trecho travadíssimo dentro de uma fazenda, a especial passa por uma série de travessias de pontes.
Etapa 14 – 10/9 – Sábado: Paragominas (PA) – Salinópolis (PA)
Deslocamento inicial – 2 km
Trecho Especial – 126 km
Deslocamento Final – 226 km
TOTAL: 354 km
A especial que encerra o maior Sertões da história depois de cruzar o Brasil é considerada bonita e prazerosa, depois de mais de 7.000 quilômetros puxados no limite.
TOTAL: 7.202 km
ESPECIAIS: 4.378 km