Presentes Fabio Quartararo, da Monster Yamaha MotoGP, líder do Mundial, Pecco Bagnaia, da Ducati Lenovo Team, P2 no Mundial, Johann Zarco, da Pramac Ducati, 3º no Mundial, Jack Miller, da Ducati Lenovo, 4º no Mundial, Aleix Espargaró, da Aprilia Racing Team Gresini, P7 no Mundial, e Valentino Rossi, da Petronas Yamaha SRT, 9 vezes vencedor em Mugello.
Steve Day, o narrador oficial do Mundial de MotoGP, faz as apresentações e dá início a coletiva com as perguntas oficiais.
Para Quartararo, sobre expectativas. “Espero uma grande corrida, esperava isso no catar, onde a Ducati ganhou as 3 últimas. A reta não é boa pra nós, mas temos muitas curvas aqui, vou começar como um fim de semana normal, indo pra cima, mantendo o ritmo, estou me sentindo muito bem com a moto”.
Para Bagnaia, sobre uma eventual vitória em casa” Seria muito bom vencer pela primeira vez aqui, mas este não é o objetivo, estou pensando apenas em ser competitivo como nas últimas corridas. Em Le Mans dei sorte com a chuva, estávamos mal no seco. vamos começar como em jerez e Portimão e vamos ver. Podemos ter uma grande oportunidade”.
Para Zarco, que já venceu na Moto2 em Mugello: “A Ducati é muito competitiva aqui, pretendo usar bem a vantagem da moto. Em Le Mans a chuva me ajudou a ser P2 e ganhar 20 pontos, me aproximei de Fabio, Pecco, Jack e eu vamos por pressão em Fabio na Yamaha, o que pode ser bom para o Campeonato”.
Para Miller, sobre a renovação do contrato e a corrida: “Sim, dei sorte, se você estivesse na minha situação saberia que isso me preocupava e agora posso pensar apenas na pilotagem. Eu amo Mugello como todos nós, é um lugar muito bonito, vou rápido aqui mas não tenho terminado muitas corridas, estou motivado e vamos ver o que acontece”.
Para A. Espargaró, sobre a fase da Aprilia: “Estou feliz de como as coisas estão indo, brigava com Alex Márquez pela P5 em le Mans quando tivemos um problema técnico. Como Jack disse, é uma pista que todos gosto, ficamos tristes por não correr aqui em 2020. A reta é grande, mas nossa moto é bem equilibrada e vamos ver o quanto poderemos ir rápido”.
Para Rossi, sobre a ausência de público e as melhorias na moto: “Este é um lugar especial para todos os italiano fãs de motos, porque é a sede do GP italiano por mais de 30 anos. As noites são loucas, o paddock, é inacreditável. melhoramos um pouco em Le Mans, mas a chuva atrapalhou, vamos ver como vai ser a minha velocidade aqui”.
Apartir daí, começam as perguntas dos jornalistas especializados.
Para Pecco e Fabio sobre a chegada deles na corrida da Moto3 em 2016.
Fabio: “Sim, lembro exatamente dessa prova, errei a marcha na reta e perdi o pódio, mas foi uma das minhas melhores corridas, a moto3 é sempre divertida e adoro correr em Mugello”.
Pecco: “Lembro dessa corrida, revi há pouco tempo, minha moto estava incrível, lembro dessa corrida e falei com Fabio que nós trombamos várias vezes nessa corrida e em Assen, foi muito divertido”.
Para Zarco, sobre o maior desafio da pista: “Boa pergunta, sabemos que temos a vantagem do retão, mas acho que todas as motos na 8 e 9, Arrabiata 1 e 2, você sente a pressão da velocidade, mas não é fácil, é como algumas curvas de Portimão, acho que 8, 9 e 10, essas áreas são as mais desafiadoras”.
Para Miller, tentando repetir as 3 vitórias seguidas de Stoner e se eles conversam. “Naquele tempo eu estava começando a seguir as corridas, isso foi em 2007, então perdi muitas corridas dele, mas sei que ele foi um dos maiores, prefiro não pensar nisso, quero terminar inteiro e ter um bom fim de semana. Não falo muito no telefone, mas quero fazer o meu melhor”.
Para Aleix, que pensou em parar em 2019. “Sim, era difícil ir para as corridas pensando apenas nos top 15. Mesmo dando o seu máximo não podia ir além do top 10, não é bom, adoro MotoGP, mas não gosto de ficar atrás, mas com a chegada de Maximo (Rivola, chefe de projeto) as coisas começaram a mudar na Aprilia e acho que graças a ele tomei a melhor decisão, estamos trabalhando duro e o resultado está aí. Não estamos lutando pela vitória mas pelo top 6, espero que este fim de semana leve o projeto para frente onde ele merece estar”.
Para Valentino, sobre parar ou não: “É um período muito importante, 3 corridas em 5 semanas, as pessoas começam a pensar em 2022. Vou tomar minha decisão, mas não sou só eu, vou falar com a Petronas, com a Yamaha, vamos ver, mas são corridas muito importantes para colher os melhores resultados”.
Para todos sobre a possibilidade de quebrar o recorde de velocidade do Catar.
Quartararo: Não fui eu quem quebrou o recorde, Mugello é muito rápido, todos gostamos daqui, a chegada na curva 1 é complicada, mas essa é Mugello, no TL1 você fica meio assustado mas vai melhorando volta a volta
Bagnaia: “Acho que não, a freada da San Donato é muito louca. A aerodinâmica é boa, mas algo mudou a segurança da pista, temos velocidade mas não vamos mudar nada na moto”.
Zarco: “Será legal, temos a melhor moto para isso, estamos prontos, a moto é potente, a aero ajuda a ir rápido, Estou pensando no recorde do Catar, Mugello é melhor para a velocidade, mas também como espetáculo, estou pronto para tentar”.
Miller: “Eu estava na pista quando johann quebrou o recorde, havia os novatos na pista também, foi difícil, quando estava de Honda eu sofria aqui, pensava, ‘vou saltar a cada volta, vai ser maneiro'”.
Aleix: “Como Fabio disse, não estamos preparados pra isso, a San Donato é uma das curvas mais difíceis do calendário, estou pensando é nela”.
Rossi:” A pista é muito rápida, não só na reta, mas em todo o circuito, Acho que eles podem, tem o salto na reta antes da San Donato, mas como Jack disse, temos que pensar na San Donato, não é fácil, mas é bom”.
Para Rossi, sobre ele estar mais relaxado e para Aleix sobre a paternidade recente de Maverick Viñales (ele, err, a mulher dele, Raquel, teve uma Nina, que nasceu na terça-feira).
Rossi: “Sim, durante a semana há uma pressão especial por ser Mugello, quando acordo tenho uma sensação diferente e sei porque é a semana de Mugello. Este ano teremos menos pressão no paddock, das pessoas”.
Aleix: “Ser pai muda mudo sua vida, aconteceu comigo e sei que vai acontecer com Maverick, ele vai ser um bom pai. Não mudei por causa disse, mas tenho mais paz interna, o que vai acontecer com ele, vou parabenizá-lo por isso”.
Para todos sobre o excesso de velocidade forçar uma mudança em Mugello.
Fabio: “Para mim, as curvas 14 e 1 são um pouco perigosas, mas vai ser dfícil mudar. Dedos cruzados para que permaneça assim, mas no futuro não sei”.
Pecco: “Sei que a Comissão de Segurança quer melhorar tudo, na Austrália isso vai acontecer, estamos melhorando e no futuro acho que vão fazer algum alguma coisa também nesta pista”.
Zarco: “Acho que a ´pista deve permanecer como estar, gastar esse dinheiro em melhorar as áreas de escape. A maior velocidade aumenta o perigo, mas não devemos frear a evolução, é parte do jogo. temos que manter a história das ´pistas para os próximos pilotos que vêm aí”.
Miller: “Não acho que devam mudar o traçado, como Johann disse, as áreas de segurança podem melhorar, corridas de moto são perigosas, passo dos 300 com minha Panigale original”.
Aleix: “As motos estão cada vez mais rápidas e os circuitos devem ser melhorados, nos reunimos sempre e falamos com a Dorna. A MotoGP é um esporte de ação, o risco está lá, e a Comissão pode aperfeiçoar alguns circuitos, Mugello é um deles, vamos passo a passo”.
Rossi: “Sim, podemos melhorar as áreas de escape, falamos disso em Jerez, aqui também, tentamos melhorar as áreas de escape, não só aqui, mas em outras pistas”.
Para Pecco, sobre o pai dele (Pietro) ser chefe de equipe VR46 Junior Team, que vai competir como equipe convidada na Moto3 em Mugello: “Muito feliz por ele, que aprendeu muitas coisa junto comigo, no campeonato espanhol, eu sempre falo com ele que é ótimo guiar os jovens na carreira, ele começou há 5 ou 6 anos na minigp, fez um bom trabalho, acho muito bom vê-lo no paddock, ele começou comigo, agora tem uma equipe de moto3 no Italiano e agora vai estrear como convidado aqui, obrigado a Valentino pela oportunidade”.
Para Rossi, se ele está esperando a volta do público para se retirar das pistas e se a VR46 fechou como equipe Ducati para 2022: “A falta de público não é uma razão para continuar, claro que é especial, mas se quiser ver fãs em Mugello virei na corrida no ano que vem. Isso não é motivo. Sobre a VR46 Ducati, estamos conversando, podemos ter notícias em 10 dias ou semana que vem”.
Para Miller. se ele está mais relaxado com o novo contrato: “Sim, estou mais relaxado, fiquei preocupado com a covid ano passado, estava caçando um lugar pro ano que vem e agora estou bem, mas não mudei nada, a assinatura não muda nada”.
Para Fabio e Valentino, sobre a falta do dispositivo de largada contra as Ducatis e para Aleix sobre os testes de Dovizioso na chuva:
Quartararo: “Sim, temos problemas na largada comparando com outras motos, mas estamos indo bem em outras áreas como a eletrônica”.
Rossi: “A largada agora é mais crucial do que há 5 ou 6 anos, é mais difícil recuperar, então temos que nos concentrar nisso. A Ducati foi a mais inteligente, está assim há 1 ou 2 anos, mas a Yamaha está avançando, melhora a força mental com o nosso dispositivo, que funciona”.
Aleix: “Dovi fez muitos testes, nos ajudou muito com a nova moto, a estrutura está crescendo, maior do que no passado, espero que as coisas que ele testou ajudem, não precisamos mais testar na sexta feira da corrida. Espero que não chova domingo, mas se chover, teremos as informações do Dovi para nos ajudar”.
Para Rossi, se será a ultima vez em Mugello: “Sim, talvez sim, mas não penso assim, corri em Mugello muitas vezes, é o mesmo que há 25 anos, não penso se vai ser a última vez ou não, vou me concentrar em fazer o melhor e aproveitar”.
Para Rossi, sobre a evolução das motos e das pistas: “A 1ª vez que andei aqui foi de 125, a San Donato e as Arrabiatas não eram problema, mas com as 500 era bem mais difícil, a moto saltava na reta, a primeira vez foi crítica”.
As perguntas de redes sociais são sobre a liga dos campeões de futebol, Manchester e Chelsea sábado á noite, coloquem o placar.
Miller.:”Isso é sinuca?”
Pecco: “Tem uns 14 gols”.
Miller: “Então é basquete, hehe”.
Miller: 2 a 1 Chelsea
Aleix: City 3 a 1, “torço por Guardiola”.
Zarco: “4 a 1 Chelsea, lembro do Anelka jogando lá, torço por eles por causa disso”.
Quarta: “3 a 2 Chelsea. teremos muito gols porque ambos são grandes times, acho que o Chelsea vence”.
Pecco: “3 a 1 City, quando eu jogo FIFA no play vou melhor com o Manchester, então Manchester”.
Vale: “3 a 3 e o City vencendo nos pênaltis por 11 a 10”.
E acabou. Futebolisticamente.
Perguntas apertando Valentino, se para ou não, deu pinta que para, na minha opinião.
Amanhã começam os treinamentos para a grande partida de domingo, onde não tem zero a zero nem disputa de pênaltis – felizmente, hehe…
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Nos vemos na pista.
Braaaaaaaap!
Fausto Macieira